21 agosto 2011

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Esse é o meu novo texto, é triste, porém espero que gostem!

Tchau.

Meu sono interrompido pelas vozes que tomam conta de minha cabeça me levaram a perceber que realmente, estava sozinho. Há tempos venho procurando uma saída, mas, sempre retorno ao ponto de partida. Ainda vou aos mesmos lugares visito as mesmas pessoas, porém elas não me conhecem mais, nem ao menos olham no fundo dos meus olhos por um segundo sequer. Minhas lágrimas não são capazes de falar sobre a dor que sinto por ter sido abandonado e esquecido tão rapidamente pelas pessoas que outrora fizeram a minha vida ter sentido.
Caminho e continuo caminhando, ao meu lado as vozes que na minha cabeça não me deixam em paz e pergunto-me por que elas choram? Por que as ouço? Por que todos foram embora? Minha casa, vazia, e na parede da memória o retrato da saudade é o que dói mais.
Houve uma vez há muito tempo encontrei um velho senhor sentado no banco de uma praça olhando para o céu, ele me dizia “A inclemência do tempo, me deixa triste, os momentos e as pessoas importantes passam e nós nem percebemos, depois de muito tempo quando conseguimos perceber é tarde, mas todos nós sabemos que no fundo a gente ama de uma forma exótica, mesmo sem dar o devido valor, por pensar que aquela pessoa irá voltar no dia seguinte, porém essa pessoa pode não voltar. Então meu jovem não deixe o tempo engolir as pessoas que você ama.” E então o senhor se levantou e partiu. Na época pensei que aquele era apenas mais um conselho clichê de pessoas mais experientes, no entanto hoje entendo e choro. Disseram-me uma vez que chorar é diminuir a profundidade da dor. As pessoas passam pela janela, aceno ninguém me responde, em casa ninguém me ouve, as fotos estão mortas o tempo cinzento, ás vezes sinto a presença de várias pessoas ao meu lado, mas elas se vão. Comecei a procurar por essas presenças e elas se tornaram constantes, os acontecimentos foram tomando sentido. Foi quando eu pude perceber, as pessoas continuam no mesmo lugar, as fotos ainda possuem as mesmas cores, os dias continuam no seu rumo normal de acordo com o clima. Já eu? Não me encontro no mesmo lugar, a minha face nas fotos perdeu o brilho e meus dias tornaram-se cinzentos. A verdade dói, mas, no final das contas, eu não fui abandonado, apenas deixei de estar.

Diego Ferioto.


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