02 novembro 2011

Tempo

Passei por tantos lugares
Conheci várias pessoas, algumas
Eu gostaria de levar para a vida toda
Outras eu desejei jamais ter conhecido.
Vi coisas bonitas e coisas feias.
Ouvi histórias de romance e histórias de terror.
Conheci garotas que foram capazes de me tirar o fôlego,
mas também, conheci garotas que me fizeram chorar.
O tempo me levou pessoas amadas, que me deixaram a satisfação
de tê-las conhecido.
O Tempo me deixou paranóico, mas também me trouxe outras pessoas amáveis, no
entanto elas jamais substituirão quem ele levou.
O tempo termina um dia com a promessa de que o outro será melhor.
E eu? Já nem caio mais em seus truques.
Hoje, eu continuo conhecendo lugares e pessoas,
E nenhuma se tornou minha companhia perpétua.

Diego Ferioto




19 outubro 2011

Despedida.

Garota, eu estive distante por muito tempo. Por favor, entenda eu preciso partir ás coisas para gente simplesmente não deram certo, eu tentei você também. Estamos ficando velhos e o nosso tempo está passando e quando o peso começar a afetar nossas costas nós iremos nos lembrar e se eu não partir agora, vai ser tarde. E garota esse lugar é pequeno demais para mim, meus joelhos estão gastos de tanto caminhar ajoelhado. Não espero que você me perdoe só quero que me entenda, sentar em um sofá em um domingo qualquer, comer macarrão e lasanha, ter um emprego cretino, acordar segunda-feira sem animo, sem vontade, e nos dias que completam mais um inverno, receber vários parabéns hipócritas de pessoas que eu nunca vi na vida. Isso eu nunca quis, você sempre soube. Não pense que eu não te amei, eu sempre o fiz em todos os dias, todas as noites e nos momentos que eu não tinha seu corpo em meus braços, o único desejo que protagonizava as minhas fantasias era um abraço seu. Eu vou me lembrar de você por todas as noites e caminhos que vou traçar, não quero te tirar do meu peito, nem quero encontrar um novo alguém, eu só preciso ir, conhecer o que eu não conheço. Garota eu agradeço aos deuses por terem te colocado em minha vida e sinceramente não espero que você agradeça também.Desculpe-me por alguma coisa, não irei abraça – lá, não sou chegado em despedidas.

Até mais.

Diego Ferioto



21 agosto 2011

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Esse é o meu novo texto, é triste, porém espero que gostem!

Tchau.

Meu sono interrompido pelas vozes que tomam conta de minha cabeça me levaram a perceber que realmente, estava sozinho. Há tempos venho procurando uma saída, mas, sempre retorno ao ponto de partida. Ainda vou aos mesmos lugares visito as mesmas pessoas, porém elas não me conhecem mais, nem ao menos olham no fundo dos meus olhos por um segundo sequer. Minhas lágrimas não são capazes de falar sobre a dor que sinto por ter sido abandonado e esquecido tão rapidamente pelas pessoas que outrora fizeram a minha vida ter sentido.
Caminho e continuo caminhando, ao meu lado as vozes que na minha cabeça não me deixam em paz e pergunto-me por que elas choram? Por que as ouço? Por que todos foram embora? Minha casa, vazia, e na parede da memória o retrato da saudade é o que dói mais.
Houve uma vez há muito tempo encontrei um velho senhor sentado no banco de uma praça olhando para o céu, ele me dizia “A inclemência do tempo, me deixa triste, os momentos e as pessoas importantes passam e nós nem percebemos, depois de muito tempo quando conseguimos perceber é tarde, mas todos nós sabemos que no fundo a gente ama de uma forma exótica, mesmo sem dar o devido valor, por pensar que aquela pessoa irá voltar no dia seguinte, porém essa pessoa pode não voltar. Então meu jovem não deixe o tempo engolir as pessoas que você ama.” E então o senhor se levantou e partiu. Na época pensei que aquele era apenas mais um conselho clichê de pessoas mais experientes, no entanto hoje entendo e choro. Disseram-me uma vez que chorar é diminuir a profundidade da dor. As pessoas passam pela janela, aceno ninguém me responde, em casa ninguém me ouve, as fotos estão mortas o tempo cinzento, ás vezes sinto a presença de várias pessoas ao meu lado, mas elas se vão. Comecei a procurar por essas presenças e elas se tornaram constantes, os acontecimentos foram tomando sentido. Foi quando eu pude perceber, as pessoas continuam no mesmo lugar, as fotos ainda possuem as mesmas cores, os dias continuam no seu rumo normal de acordo com o clima. Já eu? Não me encontro no mesmo lugar, a minha face nas fotos perdeu o brilho e meus dias tornaram-se cinzentos. A verdade dói, mas, no final das contas, eu não fui abandonado, apenas deixei de estar.

Diego Ferioto.


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01 junho 2011

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Essa história foi escrita por mim há alguns dias atrás e decidi postar.


Espero que gostem até mais!

Contos da Floresta - A Estrada.

Lá de longe era possível ver a grande floresta cortada pela estrada em que seguia a minha viagem. Caronte o carroceiro tivera me dito, lá vivia um bardo, me falava calmamente enquanto segurava as rédeas do cavalo, dizia ele “há quem diga que esse bardo não existe e essa seria apenas mais uma lenda que rodeava a floresta de duas cores ao norte”. Também me falava sobre os boatos de que ele é real, porém odeia a raça humana e prefere não se sujar entrando em contato, por isso vive com seu alaúde isolado na floresta apenas tocando para os elfos, duendes e anões mineradores. Dizem que de vez em quando é possível ouvir sua canção. Curioso que sou, perguntei por que a floresta leva esse nome: Floresta de duas cores ao norte? Caronte era uma pessoa estranha, há dois dias nós saímos do condado e eu ainda não tivera visto a cor de seus olhos, me parecia ser um velho frágil, segurava um cajado em sua mão esquerda, tinha voz rouca e a sua única rota era essa: levar os viajantes até a fronteira da floresta que marcava o limite de seu país. Ninguém sabia onde era sua residência e jamais foi visto andando á noite. Há uma lenda no condado de que Caronte não pertence á esse mundo e quando o sol se põe ele volta para os domínios de Loki, por isso não é visto caminhando á noite, dizem que essa maldição lhe persegue por que ter traído os deuses outrora.

Após um silêncio angustiante Caronte começou a falar com sua voz frágil:

– Meu senhor, há muito tempo houve uma grande depressão ao redor da floresta. Era um dia cinzento como todos os outros. E havia uma elfa que todos os dias saia para colher as flores que nasciam do lado de fora, porém certo dia ao sair ela teve um encontro inesperado com os gigantes da montanha, como todos nós sabemos os gigantes são seres impiedosos e irracionais. Ao ver a elfa sozinha, desprotegida eles a raptaram e tiraram sua vida, é claro, ela tinha poder o suficiente para destruir os dois, mas, ela não o fez, o porquê ninguém sabe. Os elfos são seres sagrados, abençoados pelos deuses, e até então jamais o sangue de um elfo havia sido derramado neste mundo. Os dois gigantes foram mortos em seguida, e a elfa foi enterrada no local onde colhia suas flores, e com o corpo dos gigantes fizeram o seu túmulo. Hoje em dia o local onde seu corpo foi enterrado ficou conhecido como a parte negra da floresta, por que sua alma vaga por lá. Os elfos nunca morrem nesse mundo, chegando ao fim da vida eles deixam a nossa terra e seguem pelo rio até encontrar a terra onde encontram o local de seu descanso eterno. Alguns dizem que eles são imortais, mas, nunca provaram.

Caronte parou por um minuto e em seguida continuou:

– Meu senhor, se me permite lhe explicarei sobre o bardo e sua canção.

– Claro continue, por favor. Disse eu.

Mais uma vez Caronte respirou fundo, e começou a falar novamente:

– O bardo que dizem viver nessa floresta, fora contratado pelos elfos para tocar e acalmar a alma da jovem. Logo no começo o combinado era 10 moedas de prata por semana. Com o passar do tempo o senhor bardo deixou de cobrar pelos seus serviços e fez da floresta sua casa, e lá vive até hoje. Infelizmente ninguém nunca viu, no máximo disseram ter ouvido sua canção, e alguns até sabem seu nome que seria Bilbao, O bardo do alaúde vermelho. Peço para os deuses que me permitam ouvir sua canção um dia, para acalmar a alma de um elfo sua música deve ser algo celestial.

Meu senhor chegamos ao seu destino. Finalizou Caronte.

Entreguei as duas moedas de ouro que ele tivera me cobrado pela viagem, agradeci a conversa, virei às costas e parti, Caronte por sua vez, não disse nada apenas se virou e seguiu seu caminho de volta.


Diego Ferioto.





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24 abril 2011

Final de domingo...

O feriado já foi embora e mais uma vez como é de praxe em todo final de feriado essa tristeza densa vem me visitar, ainda mais agora nessas últimas semanas eu não ando com o emocional muito estável, muito pelo contrário toda essa mudança que estou passando em minha ultimamente tem me deixado muito mal por dentro e está refletindo por fora. Eu nunca fui muito forte com essas coisas, mas, como todo mundo eu sempre vou levando do jeito que posso, tentando evitar o máximo possível que as pessoas percebam como estou o que é muito difícil para mim em especial, por que sempre fui muito hiperativo, eu não paro quieto e quando algo me afeta fica difícil duas vezes mais para manter o controle, enfim. Essa não é a primeira vez que fico assim e infelizmente não será a última, a vida sempre faz essas coisas com a gente, nos traz um momento bom para caralho onde se você pudesse viveria o resto dos seus dias naquele momento, mas, também lhe traz momentos ou acontecimentos que te fazer cair, ás vezes um pouco, ás vezes muito, e com a queda vem a tristeza que por sua é uma coisa horrível, porém depois que ela vai embora e a nossa capacidade de agir com a razão volta, o ser humano tende a começar a pensar no que aconteceu e refletir sobre, bom esse é o meu caso. Após refletir bastante ou pouco depende de cada pessoa, a tristeza que outrora lhe trouxe muita angústia hoje depois de sua despedida ela nos deixa de presente a experiência do que aconteceu, essa experiência se torna uma grande amiga e começa nos acompanhar por todo lado tentando evitar as brincadeiras que a vida nos traz.

Nesse último fim de semana do feriado de Tiradentes e Paixão de Cristo, acompanhado de alguns amigos fui até Três Lagoas assistir a um concerto de ROCK N’ ROLL, é sempre bom ir prestigiar o bom e velho rock. E descobri que já estou ficando velho demais para essas “baladas” e como a vida é feita de fases acho que a minha fase de sair todo final de semana e passar a noite toda bagunçando e chegar em casa ás sete horas da manhã já se foi, é claro que de vez em quando é legal sair e bagunçar a noite toda, mas já não tenho mais pique para fazer isso em todo final de semana. Eu sempre apreciei mais um bom jogo com os amigos ou algum filme com uma garota em casa do que sair, beber e chegar em casa só no dia seguinte. Mesmo por que eu sempre me faço à pergunta, o que eu estou fazendo aqui? Andei reparando nas últimas festas que freqüentei, no começo é legal, mas depois de algum tempo essa pergunta começa a tomar conta da minha cabeça, e ontem refletindo sobre, percebi que eu já estou me cansando dessa vida e que a minha fase de boêmio já está indo embora. Muitas pessoas têm medo de perceber isso e medo de que essa fase passe, no entanto existem aqueles que nasceram para ser boêmio e a vida se baseia nas festas, festivais, raves, e por aí vai. E há também o fato de que essa vida é uma vida vazia, você vai até a festa ás vezes você tem os seus amigos de verdade que te acompanham e ás vezes você é acompanhado por aqueles amigos de balada que estão ao seu lado apenas para esse simples motivo ir para a festa, seja para filar uma carona ou para pagar de popular se for o caso. E chega uma hora em que você se pergunta, é isso? Só diversão? E para aqueles que pensam de uma maneira mais refinada essa vida vai perdendo sentido.

Enfim, eu deveria fazer uma conclusão, mas não estou em sala de aula (brincadeira) e vou deixar aberto caso alguém queira fazer uma conclusão ou iniciar algum debate!

(Me desculpem os erros)